O que você verá a seguir:
O que é ansiedade?
A ansiedade é uma resposta natural do organismo a situações de estresse, como realizar uma prova, iniciar um novo projeto ou conhecer alguém especial. As sensações são diversas a exemplo da insônia, pensamento acelerado, preocupações exageradas, sendo possível inclusive notar respostas físicas, como alterações no batimento cardíaco, calafrios, tremores, dificuldade de respiração entre outros sinais.
É fato também que a ansiedade nem sempre é sinônimo de algo ruim. Na proporção adequada, ela é capaz de nos manter mais alerta e cautelosos, produzindo inclusive motivação para realizações pessoais e profissionais, ou seja, na medida certa, é um estímulo importante para a tomada de decisões. Portanto o problema é a ansiedade descontrolada.
Controle da ansiedade e alimentação
Como sabemos a ansiedade exacerbada, fora de controle eleva o nível de estresse de todo o corpo, comprometendo tanto a saúde física quanto a mental. Nessas circunstâncias é importante restabelecer o equilíbrio funcional do organismo, o que pode requerer apoio profissional.
No entanto, o que muita gente não saber é que a alimentação é uma importante aliada no tratamento da ansiedade, seja para mitigar os efeitos colaterais das interações dos medicamentos, ou mesmo desempenhando papel estratégico-nutricional estimulando a produção de neurotransmissores ligados ao tratamento da ansiedade, como a melatonina e a serotonina, bem como combatendo o processo de inflamação.
Sendo assim vamos agora compreender um pouco melhor sobre a relação da ansiedade e a alimentação.
Microbiota intestinal
Não tem como falar sobre a importância da alimentação sem deixar claro a conexão que temos entre o cérebro e o intestino. O fato, por exemplo, do intestino não funcionar regularmente interfere diretamente no humor.
O desequilíbrio da microbiota intestinal (disbiose), que é o conjunto de microrganismos que habitam no trato gastrointestinal, que entre muitas funções atuam como proteção contra as substâncias indesejadas, tem relação com diversos problemas de saúde, entre eles os neuropsiquiátricos, como a ansiedade e a depressão.
Dito isso, fica mais fácil compreender que assim como a composição da microbiota pode afetar a saúde física e mental, os alimentos que a modificam, positivamente ou não, teriam o mesmo impacto.
A exemplo disso, estudos vêm reafirmando que o consumo de alimentos ultra processados ricos em açúcar e gordura saturada associados ao baixo consumo de fibras estão diretamente relacionados a maior risco de ansiedade.
Por outro lado, o consumo adequado de frutas, legumes, verduras, grãos integrais e oleaginosas tem relação com menor risco de ansiedade.
Vale ressaltar a importância das fibras alimentares que servem como alimentos para os microrganismos (prebióticos).
Ômega 3
Tratar a inflamação tem sido o ponto alto no controle da ansiedade e por essa razão o ômega 3 é indispensável, já que desempenha um papel importantíssimo na redução da neuro inflamação, principalmente a sua fração DHA, mais abundante nos lipídios estruturais.
Além disso, ômega 3 estimula a produção neurotransmissores do prazer e bem-estar, como serotonina que tem relação com a regulação do apetite, sede, emoções, bem como a dopamina que tem papel no humor, memória e cognição, funções afetadas pela ansiedade.
Ademais, pessoas mais ansiosas tendem a ser mais explosivas e estudo feito com uma população carcerária mostrou que a suplementação de ômega 3 pode reduzir a agressividade, ponto importante para a qualidade das relações interpessoais.
As principais fontes de ômega 3 são:
- Sardinha;
- atum;
- salmão;
- azeite de oliva;
- cavalinha;
- linguado;
- linhaça e
- nozes.
Triptofano
O triptofano é um aminoácido essencial, ou seja, deve ser obtido por meio da alimentação. A sua ação tem benefícios para o controle da ansiedade por ser precursor da serotonina que gera sensação de felicidade e bem-estar indispensável para o tratamento da ansiedade, insônia e depressão.
O triptofano pode ser encontrado em uma variedade de alimentos como:
- Peixes;
- ovos;
- carnes;
- banana;
- chocolate;
- castanhas e
- nozes.
Proteína
Vale também ressaltar que o consumo adequado de proteína é fundamental para a saúde cerebral, já que o seu baixo consumo pode interferir na produção de vários neurotransmissores como noradrenalina e os já citados dopamina, serotonina.
Micronutrientes
Devemos também fornecer um aporte adequado de micronutrientes para o nosso organismo, tendo em vista que eles estão envolvidos em todas as reações químicas que acontecem no corpo. Não deixando principalmente de contemplar em uma dieta com foco no tratamento da ansiedade os micronutrientes B9, B12, B6, vitamina D, magnésio, zinco, selênio.
Qual é a melhor dieta para ansiedade?
Dieta do mediterrâneo
Alguns estudos vêm apresentando resultados positivos na utilização da dieta do mediterrâneo para a saúde mental, referida dieta também está associada ao tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares pelo seu papel antioxidante e anti-inflamatório.
As principais característica da dieta do mediterrâneo são:
- Grande parte dos alimentos são de origem vegetal, tendo o azeite de oliva como a principal fonte de gordura;
- é rica em frutas, legumes, verduras e cereais integral;
- consumo regular de peixe, ovos, aves e feijão;
- baixo consumo de carne vermelha, lácteos e gordura saturada;
- 1 taça de vinho é bem aceita;
- Refeições em grupo (família e amigos) e
- Atividade física regularmente.
Conclusão
Evite que a ansiedade atinja um nível patológico. Um organismo mais sadio e equilibrado físico e mentalmente é a chave para um maior controle da ansiedade. Portanto cuide da sua alimentação, sono, faça atividade física regularmente e tenha um estilo de vida mais saudável e não hesite em procurar ajuda profissional.
Caso tenha alguma dúvida específica sobre como a alimentação pode auxiliar no tratamento da ansiedade, fique à vontade para entrar em contato por meio dos nossos canais de atendimento.